segunda-feira, 6 de outubro de 2025
CRÓNICAS DE UM DIA ANUNCIADO – 20251006
sexta-feira, 3 de outubro de 2025
CRÓNICAS DE UM DIA ANUNCIADO – 20251003
quarta-feira, 1 de outubro de 2025
CRÓNICAS DE UM DIA ANUNCIADO – 20251001
E de previsibilidade em previsibilidade, lá segue a flotilha por mares nunca antes navegados, sob o patrocínio da Cyber Neptune com infiltrações muito estranhas nos túneis de Gaza, sem passar pela Ucrânia onde o exército russo tomou de assalto uma central nuclear em alerta de perigo eminente, que poderá colocar em risco a vida em toda a Europa e Ásia, nem pelo Iémen onde 500 mil crianças correm risco de vida em virtude do conflito gerado pelos maiores beneficiário desta propaganda marítima de marinheiros de caviar…
Caviar, rima com “cavar” e o primeiro a fazê-lo foi o recém “herói” desta epopeia, o Sanchez nosso vizinho e em boa hora o fez. Quiçá sob os ecos da sua congénere italiana que lhe diz que “qualquer outra decisão arrisca a tornar-se num pretexto para alimentar o conflito e prejudicar acima de tudo a população de Gaza a quem dizem que querem levar ajuda”, porque isto de lidar com Israel não é para meninos, parece mais para Senhoras…
Senhoras reguilas, são as que não ousarão ir para além do deserto de ideias, onde, entretanto, começaram a aterrar os “pássaros de metal” bem carregados de “grão de chumbo” para despejarem sobre as outras centrais nucleares, as de produção de armamento iraniano, significando somente mais um passo para alimentar o início de uma guerra há muito tempo anunciada entre Israel e o Irão, cujas consequências não estão, ainda, ao alcance do comum dos mortais calcular…
Calcular, ainda têm sido possível a maioria das intenções dos grupos terroristas de provocarem atentados em diferentes países ditos civilizados, como ainda agora aconteceu na Alemanha, felizmente prevenido a tempo, não fosse dar-se o caso de, mais uma vez, algo semelhante vir a produzir, para além de vítimas civis inocentes, resultados a longo prazo no sentido do reforço de reconhecimento por parte dos mesmos países ditos civilizados de um Estado para estes terroristas, numa dissonância que não se entende… “ora nos matam, ora vos gratificamos”!
“Gratificamos a guerra” parece ser o lema da França neste dia anunciado, que de guerra em guerra, se desfecha com o anúncio de outra, entre a NATO e a Rússia.
terça-feira, 30 de setembro de 2025
CRÓNICAS DE UM DIA ANUNCIADO – 20250930
segunda-feira, 5 de maio de 2025
RASGOS DE AMOR
Quem encurta distâncias por amor, infindáveis desertos terá de saber percorrer;
Quem abandona o conforto por amor, para árduas tarefas terá de ter estrutura;
Quem bate à porta de quem ama, convém que decore o duro caminho de regresso;
Quem dorme ao lado de quem ama, prepare-se para despertar de pesadelos;
Quem se entrega a quem ama, não tome como garantida uma boa receção;
Quem ama, tem de aceitar a não reciprocidade;
Quem resolveu amar, sabe que é um caminho sem retorno.
Quem desistiu de amar, a alma rasgada terá de saber aceitar.
domingo, 4 de maio de 2025
CAIR PARA AMAR
quinta-feira, 6 de março de 2025
ESCRITA A SANGUE
ANÁLISE EXTERNA
Análise Literária:
O poema de Pedro
Ferreira utiliza a poesia lírica para expressar sentimentos profundos e introspetivos.
Através de imagens poéticas e metáforas, o texto trata da tentativa de se
libertar de emoções, memórias e sonhos que já não têm mais valor ou significado
para o sujeito.
A estrutura do poema
é sintaticamente simples, mas carrega grande intensidade emocional. O uso de
paralelismos (as ações que começam com verbos no infinitivo) confere ritmo e
coerência à obra, criando uma sensação de ação contínua e deliberada.
Esse estilo é característico da poesia moderna,
que, em vez de contar uma história, explora o interior do indivíduo.
Análise Gramatical:
Gramaticalmente, o
poema segue uma construção simples, mas muito eficaz:
· Uso de
verbos no presente do indicativo ("rasgo",
"apago", "pulo", "esfumo") – Isso confere ao
poema um tom de ação contínua e imediata, como se o eu lírico estivesse a viver
esse processo de libertação ou superação no momento da leitura.
· Uso de
metáforas: "Rasgo velhos papéis", "marcas na
areia", "arestas de mágoas escritas a sangue" – São exemplos de
figuras de linguagem que fazem a leitura mais rica e oferecem uma interpretação
além do literal, apontando para uma tentativa de apagar ou transformar
experiências passadas dolorosas.
· Estrutura
paralelística: A repetição da estrutura verbal no início de cada verso
cria uma sensação de continuidade e reforça a ideia de ação repetitiva. Isso
ajuda a dar ritmo ao poema e a tornar suas intenções mais claras.
· Ausência
de pontuação: O fato de o poema não ter pontuação no final das frases
pode ser visto como uma escolha estilística que contribui para o tom fluido e
contínuo da reflexão interna. Isso também pode sugerir que o pensamento do eu
lírico está a fluir sem interrupções, de maneira quase subconsciente.
· Uso de
adjetivos e substantivos fortes: Expressões como "escritas a
sangue" e "nuvens de sonhos" são exemplos de como o autor
utiliza a língua de maneira impactante, criando imagens viscerais e potentes
para intensificar a experiência do leitor.
Avaliação
de Interesse do Público:
Em resumo, o poema de Pedro Ferreira, com sua
linguagem rica e imagens poderosas, é uma obra que desperta o interesse de um
público mais reflexivo e sensível às emoções e temas profundos, sendo
particularmente atrativo para os fãs de poesia lírica e moderna.
Este poema é
uma obra literária de grande valor, com uma escrita rica e uma forte carga
emocional. Embora o estilo e as imagens poéticas possam ser desafiadores para
alguns leitores, ele se destaca pela sua profundidade e expressividade.
8.5 (de 0 a 10)
quarta-feira, 22 de janeiro de 2025
TENHO PENA DE TI
Tenho pena de ti, sabes…
Foram cinco décadas à minha espera para te descobrires. Não tiveste a capacidade de o fazer por tua conta e risco. Qual ser que rasteja a vida inteira se sente confortável quando alguém o tenta tirar do chão?
Vezes sem conta me derreti em suor para que entendesses que a vida decorre entre a terra e o céu, mas tu preferiste continuar a rastejar. Levantares apenas a cabeça não é suficiente quando deixas o corpo estendido, condicionas a profundidade da tua visão, tornando-a incapaz de ver mais ao longe e em teu redor.
Porque não consegues ver para além, tudo em ti é passado. Trazes em cada escama do teu corpo uma mágoa como um manto de parasitas que camuflam a tua falta de autoestima. Podes contorcer-te de todas as formas possíveis e imaginárias, mas nunca te conseguirás levantar sem ajuda.
Fui aquele que tropeçou em ti e sentiu pena do estado em que te encontravas, julgando ser passageiro. Acreditei na metamorfose e esperançoso aguardei poder um dia ver-te as asas. Também falhei, talvez por não ser perito em biologia e confundi-te com uma lagarta.
Depois de mim já nem a cabeça poderás levantar devido ao seu excessivo peso. Por isso o teu rastejar será mais lento e cauteloso, porque agora sabes que algures no mundo existe alguém que já não consegues enganar.
Tentaste dizer-me alguma coisa, mas apenas percecionei os teus ecos de memórias longínquas, delegadas por ascendentes da tua espécie que te ensinaram a arte de manipular. Porém, respondi-te que o bem e o mal não são uma fatalidade que trazemos do ventre materno, mas sim uma opção em vida.
Deus falou-nos de uma serpente que, também, parecia dócil, mas nós humanos,
teimosos como somos, arriscamos a sua mordedura. Porém, também, nos falou do
homem e da mulher e aí encontramos a diferença, é que mesmo em sofrimento,
homem ou mulher poderão reerguer-se, mas a serpente não, nem quando saciada.
Análise Externa
Avaliação Literária:
- Tema e Abordagem: O texto explora temas como a transformação pessoal, a autoajuda, a evolução, e a reflexão sobre as escolhas de vida. O autor usa uma metáfora forte, num processo de metamorfose que sugere tanto o potencial de mudança quanto a resistência ou impossibilidade de evolução. A referência bíblica à serpente e à queda do homem também adiciona uma camada de reflexão moral e filosófica sobre o comportamento humano, escolhas e consequências.
- Estilo e Linguagem: A escrita é introspetiva e carregada de emoções. O autor utiliza uma linguagem poética e simbólica, com frases que buscam provocar uma sensação de lamento e reflexão profunda. Elementos como "rastejar", "escamas", "metamorfose" e "lagarta" são usados não apenas no sentido literal, mas também simbólico, dando ao texto uma densidade maior. A construção de imagens, como a da serpente, é eficaz para estabelecer um contraste entre o "ser que rasteja" e a ideia de superação e mudança.
- Tom e Sentimento: O tom do texto é predominantemente melancólico e resignado, mas também há uma sensação de frustração por parte do narrador, que se sente impotente diante da dificuldade do outro em se transformar. A repetição de “tenho pena de ti” ao longo do texto reforça esse tom de compaixão e lamento, criando uma tensão emocional que permeia toda a narrativa.
- Metáforas e Simbolismo: A comparação com a serpente é especialmente poderosa, remetendo a um simbolismo bíblico de tentação, mas também de um ser limitado e incapaz de mudança. Essa serpente, ao contrário de outros seres humanos, não pode se reerguer, o que sugere uma resignação ou impossibilidade de crescimento.
Avaliação Gramatical:
Em termos gramaticais, o texto está bem estruturado, com
poucas falhas notáveis. A sintaxe é adequada, e as frases são claras, embora,
em alguns momentos, a complexidade das construções poéticas possa exigir mais
atenção por parte do leitor.
- Pontuação: A pontuação é geralmente bem utilizada para criar pausas e ênfases nos momentos de reflexão. No entanto, alguns períodos mais longos poderiam ser quebrados em frases mais curtas para maior clareza e fluidez.
- Concordância e Regência: Não há erros flagrantes de concordância verbal ou nominal. A regência está correta em grande parte do texto, com exceção de uma ou outra frase onde a escolha de palavras poderia ser mais natural.
- Uso de Pronomes e Preposições: A utilização dos pronomes pessoais, possessivos e demonstrativos está de acordo com as normas da língua, sem grandes desvios.
Avaliação de Interesse Público:
O texto possui um caráter filosófico e psicológico que pode interessar a um público amplo, especialmente aqueles que apreciam reflexões sobre o comportamento humano, o autoconhecimento e a superação. A alegoria da serpente e da lagarta pode ressoar com leitores que buscam entender mais sobre transformação pessoal, limites da capacidade de mudança e as dificuldades enfrentadas por indivíduos em sua jornada de vida.
Conclusão:
De forma geral, "TENHO PENA DE TI" é uma obra literária densa e emocionalmente carregada, com uma forte carga simbólica e reflexiva. A escrita é rica em metáforas e imagens poéticas que provocam a reflexão sobre a natureza humana, o sofrimento e a dificuldade de transformação pessoal. Gramaticalmente, o texto está bem construído, embora algumas passagens possam se beneficiar de uma pontuação mais precisa para maior clareza. Em termos de interesse público, a obra pode atrair leitores interessados em temas de autoconhecimento, filosofia e psicologia, mas também pode ser polêmica devido à sua crítica ao comportamento humano.
Nota 8,5 (0 a 10)
- Literatura: O texto é bem escrito, com uma utilização criativa de metáforas e simbolismos. A mensagem filosófica e emocional está bem estruturada e provoca reflexão, o que é um ponto forte. Contudo, há um certo peso na linguagem que pode dificultar a leitura para alguns leitores, o que pode ser um fator a ser considerado.
- Gramática: Não há grandes erros gramaticais ou de concordância. O texto está dentro dos padrões da norma culta da língua portuguesa, mas há momentos em que a pontuação poderia ser mais assertiva para maior clareza e fluidez.
- Interesse Público: A obra trata de questões universais, como transformação, autoconhecimento e a resistência à mudança. O tema é interessante e pode gerar reflexão, mas o tom de crítica pode ser interpretado de maneira polarizada, o que limita seu alcance a diferentes públicos.
A nota é alta pela força literária e pela profundidade do conteúdo, mas uma maior fluidez no estilo e a diversidade de interpretações possíveis poderiam elevar ainda mais a obra.