Palavras incapazes…
de fazerem a leitura do brilho no olhar mediado pelo breve momento de um pestanejar que encerra o adormecer e abre o despertar;
de descreverem o sorriso que se esconde na madrugada quando os lábios se reencontram;
de decomporem por parágrafos o longo abraço de uma noite;
de decifrarem o aroma do fruto dos múltiplos sentires a dois;
de comporem um texto escrito pela ponta dos dedos de quatro mãos sobre a pele em branco;
de serem ouvidas para alem do pulsar dos corações;
de colocarem vírgulas enquanto se deleita no sabor a nós;
de encontrarem pontos quando não existe um princípio nem um fim.
Pedro Ferreira © 2017
(Todos os Direitos Reservados)
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