Por estes dias, duas pessoas que diria serem de luz – é luz que nelas vejo – disseram-me, por mera casualidade algumas coisas que me fizeram muito sentido – quiçá mensageiras da boa palavra -, pelo facto de me ajudarem a entender, um pouco melhor, a vida na Terra e a interação entre os humanos.
Desses sábios dizeres, realço frases como: “quando alguém nos estiver a tirar a paz, é chegado o momento de partir”; ou, “não devemos recear as ruturas com as pessoas que até então nos eram próximas, as ruturas fazem parte do nosso caminho, significa que o seu papel na nossa vida está cumprido.”
Disseram-me, ainda, sobre mim, que tenho uma missão muito específica na vida das pessoas que encontro pelo caminho e que, por vezes, tenho de ser eu a sair porque a minha missão está cumprida.
Sobre essa minha missão, dizem tratar-se de um elo de ligação entre o mundo terreno e o espiritual, no fundo, uma missão de amor. Agregador de pedaços humanos que se estilhaçaram a páginas tantas pelas vicissitudes, ou devaneios, não os ajudando a apanhar esses pedaços que se espalharam pelo chão no desmontar do edifício mal construído que havia e si mesmos, mas ajudando-os a coloca-los nos seus devidos lugares.
“Alguém que veio para servir, inspirar e deixar um legado de amor ou consciência”, é muito agradável de ouvir, sem dúvida! Porém, “cansado de dar sem receber” é o elevado preço que se pode pagar mais adiante e isso não é nada agradável de ouvir, muito menos de comprovar.
Nem sempre quem parte da nossa vida é por uma triste fatalidade, sejam familiares, ou amizades, por vezes, partem porque perto de nós já nada estão a fazer e então, devem, efetivamente, partir e isso não devemos recear, por mais fortes que sejam os laços afetivos.
Tudo isto parece ser muito racional, frio até. Contudo, a paz que advém destas decisões, confirmam que foram as corretas e no fim ambas as partes acabam por encontrar novos rumos e novas gentes, em novas missões.
Amar fará sempre parte. Será apenas o amor a precisar de descansar depois de tanto se dar, para recomeçar mais adiante noutras paragens, com mais vigor ainda.
Pedro Ferreira © 2025
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