sexta-feira, 13 de outubro de 2023

É SUPERIOR A QUANTIDADE DE HIPOCRISIA À DE SANGUE QUE JORRA PELO MÉDIO ORIENTE

Recentemente, com grande pompa e circunstância, para deleites vários, o mundo assistiu empolgado a um dos maiores espetáculos “desportivos” à escala planetária, conhecido pelo Campeonato do Mundo de Futebol, que teve lugar no Qatar – escolha do mundo dito civilizado por motivos de mero interesse económico – país sobejamente conhecido por nele estar implementado um regime político monárquico de cariz islâmico e opressor – mas têm dinheiro e para os ditos civilizados, isso é o mais importante – que utilizou mão-de-obra escrava, ou semiescrava, em condições desumanas para a concretização do evento – o dinheiro fala mais alto, logo, para o mundo dito civilizado os fins legitimam os meios - dos quais perto de 7 000 perderam a vida.

O espetáculo lá teve início, num autêntico cemitério – mas o dinheiro estava sobre as sepulturas e para o mundo dito civilizado dá para disfarçar – com a apresentação – pasme-se, de uma figura encomendada ao mundo dito civilizado conhecida pelos pregões da moral e dos bons costumes, Morgan Freeman (Norte Americano) – e tudo o resto foi decorrendo na mais aparente normalidade, resultando numa considerável projeção de um país com estas características tão aberrantes, assim como contribuindo para o reforço dos seus cofres, já de si bem recheados por outras negociatas tais com o mundo dito civilizado.

É, também, neste mesmo país que, de forma faustosa e sob enormes medidas de proteção, beneficiando de privilégios especiais, se escondem em grandes casas decoradas com amontoados de notas e de moedas – tipo Patinhas - os líderes dos movimentos terroristas como o Hamas – mas isso, também não importa nada, porque uma nota de um dólar basta para tapar as vistas das pessoas do mundo dito civilizado -, país de onde debitam as orientações para que o seu braço-armado se lance sobre inocentes, estuprando meninas, degolando bebés, queimando adultos e raptando idosos, de entre outras atrocidades tais.

Depois de feito o serviço sujo, “em nome de deus” – dizem - financiado pelo dito mundo civilizado – o qual “não viu nada, nem sabe de nada, nem nada tem a ver” - reúnem-se, em pânico, as/os líderes do mundo dito civilizado para manifestarem a sua enorme “preocupação” para com tamanha atrocidade, trazendo nos bolsos das suas fatiotas manchadas de sangue inocente as fotografias das crianças barbaramente assassinadas por aqueles que foram os reais beneficiários do destino final dos seus interesses.

Revelando um inquietante falso bom samaritanismo, aí estão elas e eles de voz embargada e de gravata preta a dar-lhes um apertado nó na garganta, tremendo que nem varas verdes, ao verem as consequências da sua desmesurada hipocrisia. Agora pedem contensão! Tanta hipocrisia que jorra por aquelas bandas… então não pensaram nisso antes de injetarem diversas receitas em povos bárbaros, ou em quem os protege!

Assim como neste cenário acontece, também acontece do mesmo modo com a barbárie implementada por Putin. Quantos anos andaram os ditos civilizados a financiarem a máquina de guerra que invadiu a Ucrânia? Continuem, pois, assim, a implementar a hipocrisia como a pedra de toque das relações ao mais alto nível e não se espante o mundo com aquilo que ainda estará para vir, porque outros regimes, tanto, ou mais, bárbaros ainda, como os vigentes na China, ou no Irão, também têm engordado bastante às custas dos ditos civilizados... basta constatar o seu poderio bélico atual!


Pedro Ferreira © 2023
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