Existem dias assim, que decorrem sob as ordens do vento forte, que tudo varre, da chuva forte, que tudo lava.
Advento para um amanhã por estrear onde vai apetecer viver, quem sabe tendo o Sol por companhia, para clarear o resto dos dias que falta viver.
Não me atormentam as tempestades, aprendi em criança a saber apreciar o seu atrevimento, sem receios, com fascínio até, pois, elas sempre passam e enquanto ficam oferecem-nos sabedoria.
Não nos coloquemos como as árvores cujas raízes se fixam ao solo, inertes perante as adversidades, sujeitas ao derrube, antes sejamos o próprio movimento, ou até a própria tempestade.
Pedro Ferreira © 2014
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