quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

O Ciclo do Suor


Corpo, leito de água salgada, sob o olhar da sua estrela maior,
evapora-se num abraço de luz e calor,
libertando o seu suor como as plantas sopram o céu e os animais gritam o seu vigor;

Corpo, nuvem negra de água doce que o vento forte arrasta,
beija com estrondo aquela outra que passa fria,
para se precipitar em gotas numa cama vazia;

Corpo, rio de água viva com margens revestidas a pele,
respira ansiedade serpenteando-se em direção ao mar,
inunda tudo que há de mais profundo ao passar.
 

Pedro Ferreira © 2016
(Todos os Direitos Reservados, Registo de Obra n.º 2629/2017)

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