Aqui é tudo tão natural, tudo tão livre: onde as portas não são feitas de
madeira, mas sim das próprias árvores; onde nas janelas não existe vidro,
somente luz; onde as paredes deram lugar ao vento; onde o chão é terra fértil
sem quadrados estéreis; e onde os tetos são o infinito onde a alma se projeta.
Nascemos assim, desprovidos de tudo, ao sabor dos elementos, momento
dramático em que num primeiro minuto a metamorfose se dá para uma dependência
de tudo, ao sabor de todos.
Regressar às origens é também viajar no tempo, ao tal primeiro minuto de
vida em que tudo acontece, afinal de contas o único em que pudemos ser
verdadeiramente nós próprios.
Gosto de respostas simples para questões complexas; gosto deste meio onde
tudo é tão claro.
Pedro Ferreira © 2015 (Todos os Direitos Reservados,
Registo de Obra n.º 2629/2017)
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